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Potencial antimicrobiano de óleos vegetais ozonizados frente a espécies bacterianas


Métodos promissores de intervenção em infecções bacterianas ganharam relevância e novas pesquisas mostraram a eficácia dessas maneiras alternativas à antibioticoterapia.

Diante disso, o interesse em estudos sobre a terapia com o ozônio (O3) ressurgiu e já demonstraram benefícios substanciais no que diz respeito à ação antimicrobiana e cicatricial nas lesões cutâneas crônicas (Dellalibera-Joviliano, Melo, & Ceni, 2020; Giuliani, Ricevutti, Galoforo, & Franzini, 2018; Smith, Wilson,

Gandhi, Vatsia, & Khan, 2017).


O O3 é uma molécula inorgânica formada por três átomos de oxigênio, caracterizado pelo seu poder oxidativo. Quando exposta a fluidos orgânicos ocorre a formação de moléculas reativas de oxigênio (O2) capazes de influenciar no

metabolismo celular e na regeneração tecidual. Além disso, o contato com bactérias gera reações que promovem a destruição das células bacterianas. Atualmente, existem algumas formas de aplicação tópica do O3, como a utilização do óleo vegetal

ozonizado (Ugazio, Tullio, Binello, Tagliapietra, & Dosio, 2020; Smith et al., 2017; Néri et al., 2017).


Os óleos vegetais são ricos em lipídios insaturados que possuem ligações duplas carbono-carbono, por isso, a sua exposição ao O3 permite que a molécula fique reservada em uma forma mais estável, os ozonídeos. Além disso, o processo de

ozonização do óleo também favorece a formação de peróxidos, hidroperóxidos e aldeídos. Os compostos gerados reagem com a membrana e o citoplasma das bactérias causando aumento da permeabilidade celular e alterações citoplasmáticas (Beltran, Jiménez, Amézquita-López, Martínez-Rodrigues, & Chaidez, 2016; Lozano-Ledea et al., 2019; Zeng, & Lu, 2018).


Dessa forma, o crescimento bacteriano é interrompido e o efeito bactericida é induzido. Por outro lado, a eficácia desse tratamento contra bactérias multirresistentes é explicada por que esses microrganismos não possuem ferramentas para impedir a ação oxidativa do O3. Ainda, em contato com a lesão, esses compostos também produzem reações capazes de ativar o sistema imunológico e produção de substâncias que aumentam a vascularização (Varol, Birdane, & Keles, 2018; Oliveira et al., 2017; Logan, 2018).

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